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Análise da Linguagem Corporal Caso Feliciano Vs Patrícia – Treinando a Percepção

Atenção: Este post não tem a menor intenção de favorecer algum lado da história, nosso objetivo aqui é explicar a importância de treinar a percepção da comunicação não verbal e mostrar, na prática, como fazer uma análise.

Recentemente um caso explodiu na mídia e dividiu as opiniões dos usuários das redes sociais. Foi um assunto tão comentado que, aqui, não darei maiores explicações sobre o fato em si, mas chamarei atenção sobre a riqueza de sinais não verbais que podemos observar ao longo das diversas entrevistas sobre o ocorrido. No grupo de discussão do Facebook, postei alguns links sobre o caso da Patrícia Lélis e do Pr Marco Feliciano para que aqueles que tivessem interesse pudessem exercitar sua percepção sobre a  que revelava a Comunicação Não Verbal daqueles vídeos.

Vídeos, vídeos, vídeos…09

Quem já leu meu post sobre a análise do Cazuza, conhece a importância dos vídeos para quem estuda a linguagem do corpo:

1. Pause quantas vezes precisar.

A vantagem da análise do vídeo é que você não perde nenhum segundo – lembre-se, para quem estuda Comunicação não Verbal, um segundo é extremamente significativo e pode fazer toda a diferença.

2. Leve em consideração o contexto em que foi gravado o vídeo.

Não basta conhecer os sinais que o corpo emite sem que você considere, primeiramente, todo o contexto da situação, por exemplo, o lugar onde está sendo gravado o vídeo, quem o está gravando, o motivo de estar sendo gravado, a baseline das pessoas envolvidas, o conteúdo verbal que acompanha o gestual, etc.

3. Procure por mais de um vídeo sobre o que deseja analisar.

No item 2 eu falei sobre baseline e você só poderá descobrir a baseline de alguém, que você apenas viu por vídeo, quando buscar por mais vídeos. Baseline é a forma como a pessoa costuma agir naturalmente. Por exemplo, você pode ver, em um vídeo, alguém em uma agitação, que considera fora do comum, mas ao analisar outros vídeos, em situações e contextos diferentes, consegue perceber aquele comportamento como uma característica da pessoa observada.

Por que analisar?

happy black woman with magnifying glassEsta é uma ótima pergunta, afinal, hoje em dia não temos tempo para perder com o que não é funcional. A questão aqui não é ” descobrir mentiras ”, é treinar a percepção da Linguagem Corporal, é utilizar a Linguagem Corporal na Prática.

 Treine sua Percepção

A prática pode não levar à perfeição, mas chega bem perto. Com uma certa frequência, as observações da Comunicação não Verbal das pessoas te levará à uma melhor compreensão sobre elas e sobre você mesmo. Por exemplo, se você é professor e nota, em seus alunos, uma linguagem corporal de desânimo, certamente encontrará meios para conquistar a atenção da classe. Ou se é vendedor e percebe que a linguagem corporal do cliente não se mostra aberta à sua argumentação, logo tratará de pensar em uma abordagem melhor para fazer suas vendas. Se está prestes a negociar com alguém e percebe, através de sua comunicação não verbal,  que esta pessoa pode não estar sendo sincera, você poderá evitar prejuízos futuros.

Alguns sinais não verbais, como, por exemplo, microexpressões faciais, costumam acontecer rapidamente e com facilidade escapam da percepção daqueles que não são treinados. E serão justamente esses os sinais mais significativos em qualquer análise, para que você compreenda melhor o outro, crie empatia e obtenha uma comunicação mais assertiva.

Analisando a Linguagem Corporal

Para mostrar um pouco sobre essa análise, separei um pequeno trecho da entrevista realizada pelo jornalista Roberto Cabrini do Conexão Repórter, no dia 14 de Agosto de 2016.

Análise da Linguagem Corporal: Caso Marco Feliciano Vs Patrícia from LC em Foco on Vimeo.

Tempo: 0:49 –  O Pr Marco Feliciano, após ser questionado sobre ter medo de ir preso, faz inconscientemente um gesto afirmativo e, em sua face surge a expressão de medo (pálpebras superiores levantadas e inferiores contraídas, rugas horizontais e lábios puxados horizontalmente).

Tempo: 0:50 – Tristeza. Os cantos dos lábios se inclinam para baixo, as bochechas se erguem e criam marcas de expressão, desde as narinas até os cantos exteriores dos lábios; os cantos internos da sobrancelha se erguem.

Tempo: 0:51 –  Tristeza e medo.

Tempo: 1:03 –  Autotoque, gesto de autoconforto e apertar os lábios – tensão.

Tempo: 1:09 – Fechar os olhos  (fuga, ” não queria ver isso ”) e negar com a cabeça (contradição).

Tempo: 1:14 – Autotoque, gesto de autoconforto e negar com a cabeça (contradição).

Tempo: 1:17 – Fechar os olhos  (fuga, ” não queria ver isso ”).

Tempo: 1:27  – Apertar os lábios – tensão.

Tempo: 1:29 – Fechar os olhos  (fuga, ” não queria ver isso ”).

Tempo: 1:36 – Negar com a cabeça (contradição)

Tempo: 1:47/1:48 – Recuo, surpresa, mexer um ombro ( incerteza)

Tempo: 1:54 – Apertar os lábios – ganhar tempo para elaborar a resposta.

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