Embora desde criança estejamos em contato com a linguagem não verbal, vivenciando-a de forma prática, ela apresenta muitas características e regras que não conhecemos, mas que podemos aprender por meio de treinamento. Por isso, é necessário organizar de forma sistemática esses conhecimentos, para que eles alcancem sua verdadeira amplitude. O estudo teórico e a prática diária são fundamentais para o aumento da percepção e para a multiplicação dos acertos nas interpretações.
Muito antes de aprenderem a se comunicar utilizando as palavras, nossos ancestrais se valiam da linguagem corporal como forma de expressão.
O ser humano primitivo articulava alguns sons e os complementava com gestos. No início, esses sistemas rudimentares de comunicação eram suficientes. Com o passar do tempo, no entanto, à medida que os grupos primitivos evoluíram, houve a necessidade de um entendimento mais claro e mais rápido. Essa situação determinou a evolução da linguagem, um processo muito lento, que demorou um longo período.
Isso quer dizer que a expressão não verbal evoluiu ao longo de milhares e milhares de anos com o acréscimo gradual de novos gestos, que foram lentamente incorporados ao dia a dia, à medida que se tornavam necessários. É bem provável que a maioria deles tenha sobrevivido até hoje e façam parte de nosso repertório, como o gesto de dizer não girando a cabeça para os lados, uma expressão comum a quase todas as culturas.
Fonte: Livro Linguagem Corporal – Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais de Paulo Sérgio de Camargo.